Comboios de Portugal: Plano Ferroviário Nacional
Fonte: Rawpixel
A criação de um Passe Ferroviário Nacional, a redução do tarifário e o encorajamento de formas de mobilidade mais sustentáveis fazem parte do Plano Ferroviário Nacional (PFN).
A notícia, avançada pela CNN Portugal, diz que foi aprovada uma proposta do Livre sobre a criação de um Passe Ferroviário Nacional para comboios regionais, no valor de 49 euros.
Além disso, o Governo deverá apresentar, em conjunto com as autoridades de transporte, e até final de setembro de 2023, um estudo sobre os moldes em que o passe ferroviário nacional pode ser alargado às restantes categorias do serviço ferroviário. O estudo irá também apresentar uma revisão e simplificação do tarifário dos serviços ferroviários.
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Segundo o Diário de Notícias, um dos propósitos do Plano Ferroviário é encurtar distâncias na Área Metropolitana de Lisboa.
“Dos 175 milhões de viagens de comboio feitas no país, 134 milhões são feitas nos comboios suburbanos de Lisboa”, lê-se no relatório. A atual rede ferroviária da AML tem uma "estrutura radial", que "torna difíceis deslocações que não têm como destino Lisboa", provocando "uma elevada frequência e ocupação às horas de ponta". Assim, pretende-se que o plano converta as ligações radiais em diametrais, “facilitando ligações rápidas entre municípios da periferia da AML" e com "uma elevada frequência durante todo o dia".
Isto significa que as ligações entre Lisboa, Loures e Setúbal podem passar a durar apenas 30 minutos. Novas estações em Alcântara e Olaias são outro ponto abordado no plano.
Ferrovia de alta velocidade e novas linhas em Portugal
João Cunha, mestre em Planeamento e Operação de Transportes pelo Instituto Superior Técnico e administrador do site Portugal Ferroviário e citado pelo blog Lisboa Para Pessoas, defende que “pela primeira vez desde a abolição da ditadura, Portugal volta a ter um documento estratégico para desenvolvimento a longo prazo da rede ferroviária”.
O objetivo do PFN “é colocar a quota modal do caminho de ferro em 20% nos passageiros (hoje em dia, à volta dos 5%) e das mercadorias nos 40% (hoje em dia, à volta dos 13%)”, realça.
O plano está estruturado em cima da linha de alta velocidade Lisboa – Porto e do novo acesso a Espanha, via Évora e da nova linha de Sines. É também complementado, a norte, a linha Porto – Vigo, a linha de Trás-os-Montes e a nova linha Aveiro – Viseu – Salamanca. A linha Oeste é atalhada via Loures, com a Terceira Travessia do Tejo. A sul, a reabertura da linha Beja – Ourique e a nova linha Castro Verde – Faro.
O especialista conclui que falta adicionar, paralelamente ao PFN, “as metas orçamentais para desenvolver a ferrovia”.
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